quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Curso para Jornalistas realiza-se em Pelotas

Cauê Primo - Especial


Na sexta-feira, 11 de setembro, desembargadores, juízes, jornalistas e estudantes de comunicação estiveram reunidos para debater a atuação entre o judiciário e jornalistas, apresentando conceitos e informações sobre a Justiça e assuntos relevantes à atividade dos profissionais da comunicação e a imprensa local. Com esses objetivos foi realizado o curso “Judiciário para Jornalistas” na sede do Foro da Comarca de Pelotas.

Na abertura do evento, o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Desembargador Armínio José Abreu Lima da Rosa, destacou a importância de iniciativas como o curso para que as pessoas conheçam a função do Judiciário. Afirmou que a instituição se caracteriza pela introspecção e que isso levou muitas vezes ao desconhecimento das atividades dos magistrados. Salientou que as relações da sociedade têm o valor da transparência e que, portanto, se impõe a relevância dos meios de comunicação. “Hoje a sociedade exige decisões compreensíveis e que encontros como este constituem um instrumento para transmitir quem somos, o que fazemos e a nossa função. Precisamos ser mais diretos para sermos compreendidos”, afirmou o Presidente do TJRS.

Logo após a abertura aconteceu um painel sobre a relação do judiciário e a imprensa, onde foram tratados assuntos como a linguagem adotada pelo judiciário, os limites, a liberdade da imprensa, direito à privacidade, a ética e a agilidade das informações foram alguns dos temas debatidos entre representantes de jornais, emissoras de rádios e televisões de Pelotas.

A linguagem adotada pelo judiciário e a falta de acesso a informações básicas de casos de repercussão foi umas grandes reclamações dos debatedores. “Apesar de cordial, o relacionamento entre o judiciário e os meios de comunicação evoluiu muito pouco nas ultimas décadas. Seria melhor que fosse abordada uma linguagem mais simples, deixando os termos jurídicos para o uso dos profissionais e entendedores área”, comentou o jornalista Henrique Pires, representante da
Rádio Pelotense.

Outro assunto abordado foi o distanciamento entre as partes, principalmente em casos de grande repercussão regional, onde a população necessita de informações para entender o que aconteceu. A comarca de Pelotas tem dezenas de juízes e poucos dispensam um tempo para atender a imprensa, ou por timidez ou por não querer atender. “Muitas vezes não temos acesso a informações da qual a comunidade necessita, mantendo um distanciamento. A gente precisa de algo claro e objetivo, não queremos tomar tempo do judiciário”, concluiu a jornalista Dalcira de Oliveira, representante da
RBS/TV.

Também participaram do evento os integrantes do Conselho de Comunicação Desembargadora Liége Puricelli Pires, as Juízas Gisele Anne Vieira de Azambuja e Osnilda Pisa e os Juízes Eugênio Facchini Neto e Rinez da Trindade; a Juíza de Direito Dóris Müller Klug; o Jornalista Ivan Rodrigues, Editor-Chefe do
Jornal Diário Popular; Carlos Machado, Delegado Regional do Sindicato dos Jornalistas/RS.











* Fotos Cauê Primo